O que significa Promoção da Saúde e Qualidade de vida?

Promover a saúde pública significa planejar, executar e avaliar um conjunto de ações, políticas, projetos e programas que, a partir dos determinantes sociais da saúde (fatores ambientais, sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos, comportamentais), impactam a qualidade de vida, a saúde ou a doença da população.  Já a qualidade de vida engloba fatores subjetivos, que dependem da percepção de cada indivíduo e também são  multidimensionais, pois afetam diferentes aspectos da vida.

Políticas Públicas e Qualidade de vida

O Sistema Único de Saúde (SUS) é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como o maior sistema público de saúde do planeta, que oferece atendimento aos brasileiros desde o pré-natal até a medicação gratuita para pessoas que precisam de tratamento. No entanto, quando o conceito de qualidade de vida engloba diferentes fatores, é preciso considerar outras políticas públicas como as de transporte, direitos trabalhistas, acesso à água potável e rede de saneamento, acesso à alimentação saudável, renda, moradia, educação, cultura e muitos outros aspectos. 

Quando a vida não tem qualidade, ocorre adoecimento

Entre 2019 e 2021 houve um aumento de 41% nos óbitos por hipertensão no Brasil, de acordo com o Relatório “Evolução da Mortalidade Cardiovascular em Mulheres”, do Observatório da Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde. Em 2020 e 2021, a doença foi a quinta causa de morte mais frequente entre a população feminina, superando o câncer de mama e o acidente vascular cerebral. A hipertensão pode levar à morte por insuficiência cardíaca aguda, edema pulmonar ou cerebral, por exemplo. Ao contrário de várias outras doenças cardiovasculares, a morte por hipertensão é mais frequente entre as mulheres e sua incidência e mortalidade estão fortemente associadas à idade.

O que são as doenças cardiovasculares?

De acordo com a Organização Pan Americana de Saúde – OPAS, as doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos e incluem:

  • Doença coronariana – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco;
  • Doença cerebrovascular – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro;
  • Doença arterial periférica – doença dos vasos sanguíneos que irrigam os membros superiores e inferiores;
  • Doença cardíaca reumática – danos no músculo do coração e válvulas cardíacas devido à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas;
  • Cardiopatia congênita – malformações na estrutura do coração existentes desde o momento do nascimento;
  • Trombose venosa profunda e embolia pulmonar – coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões.
Quais os principais fatores de risco?

Histórico de doença cardíaca na família, idade e sexo são alguns fatores observados na predominância de fatores de risco. Mas para além deles, existem questões ligadas aos hábitos alimentares, à obesidade, ao estresse, ao colesterol e à pressão alta, ao fumo, à diabetes que também podem elevar o risco de doenças cardíacas. 

Como prevenir ou amenizar riscos?

Alimentação saudável e com pouco sal, exercício físico, redução dos níveis de estresse, evitar alimentos processados, fumo e excesso de álcool são algumas das medidas que podem ajudar a prevenir doenças cardíacas.

Como o Instituto Dara trata da questão com as famílias atendidas?

A porta de entrada das famílias no Instituto Dara é feita por encaminhamento de instituições como hospitais públicos ou Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, sempre a partir de uma análise da situação da criança. E é a partir da saúde da criança que a família e responsáveis são envolvidos na construção colaborativa do Plano de Ação Familiar, que envolve uma abordagem sistêmica nas áreas de saúde, educação, moradia, renda e cidadania. Durante o atendimento, a equipe de Saúde, a partir de uma anamnese e mensuração da pressão dos membros da família ou responsáveis, identifica os casos de hipertensão arterial. Nos casos identificados, acontece acompanhamento mensal e orientação quanto à alimentação, estímulo de exercícios físicos, dieta saudável e ajustes de medicação para casos específicos, quando não há controle adequado. Entre as famílias atendidas identificadas com fatores de risco para doenças cardiovasculares,  predomina fatores como obesidade, sobrepeso e hipertensão.

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