Este artigo faz parte do conjunto de atividades promovidas pelo projeto Programação Artístico Familiar, desenvolvido pelo Instituto Dara, com recursos provenientes através da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet).
Em um país forjado na exploração de pessoas escravizadas, o racismo estrutural caracteriza e é perpetuado nas relações sociais causando imenso sofrimento humano, especialmente em crianças. O racismo acontece em qualquer espaço, mas, infelizmente, na escola ele se manifesta com frequência. A educação antirracista é uma estratégia fundamental para construção de uma sociedade onde a atribuição de valor a pessoas não ocorra em função da cor da pele. Reunimos aqui uma série de dicas para organizações sociais trabalharem com famílias e crianças uma educação antirracista.
O portal Lunetas é uma iniciativa do Instituto Alana para disseminar informações sobre temáticas da infância. O site disponibiliza diversos conteúdos para colocar em prática uma educação antirracista com dicas de livros, brincadeiras, filmes. É o caso do livro “Os mil cabelos de Ritinha”, de Paloma Monteiro, que aborda a questão da autoestima das crianças negras e das relações familiares.
O Deixa que Eu Conto é um projeto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) que apresenta 50 programas de áudio inspirados na identidade e cultura afro-brasileira. Além dos áudios, é possível acessar um Guia com orientações e possibilidades de aplicação pedagógica do conteúdo.
O Guia Metodológico da Ação Educativa apresenta muitas sugestões de atividades que podem ser utilizadas para uma educação antirracista por escolas, professores e organizações sociais que atuam no desenvolvimento infantil.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro lançaram uma cartilha contra a intolerância religiosa. O material apresenta uma reflexão sobre o estado laico e a construção de uma sociedade justa a partir do direito à liberdade religiosa, com dicas de atividades para serem trabalhadas em escolas e que podem ser adaptadas para uso em organizações sociais.
A designer Taynara Cabral criou diferentes projetos para trabalhar a representatividade de corpos negros. Um deles é o Jogo da Memória Sankofa, cujo objetivo é manter viva a memória e a história de 12 mulheres negras dos países da América Latina. O outro material é o Heroínas Negras para Colorir, com download gratuito para imprimir e criar uma atividade com as crianças e adolescentes.
A Universidade das Quebradas é um curso de Extensão criado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ em 2009 para promover a troca de saberes entre a periferia e a academia. Por ser um curso de extensão, não é preciso estar matriculado na graduação da universidade para frequentar as aulas. Dessa forma, o curso busca trazer o saber orgânico de novos frequentadores para o ambiente acadêmico e, em diálogo, intercambiar experiências e olhares para a construção coletiva de conhecimento.
Fundado em 1988, o Instituto Geledés, organização da sociedade civil pela defesa de mulheres e negros compatilha diversos materiais, entre eles, Planos de Aula para a Educação das Relações Étnico-Raciais.
O Projeto SETA – Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista nasceu em 2021 da parceria entre ActionAid, Ação Educativa, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, CONAQ, Geledés, Makira-E’ta e UNEafro. O Seta foi escolhido um dos cinco finalistas do desafio global de equidade racial 2030 lançado pela Fundação W.K. Kellogg. O projeto atua na articulação, pesquisa, formação de professores e gestores, publicações e conteúdos audiovisuais, como a série audiovisual “SETA: caminhos possíveis para uma educação antirracista” em parceria com o Canal Futura e com exibição na Globoplay. Entre as publicações, está o Guia Ações Sobre Educação para as Relações Étnico-Raciais com práticas pedagógicas antirracistas que podem inspirar profissionais, escolas e organizações sociais.
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