O disparo em massa de notícias falsas nas redes sociais tem um enorme impacto na sociedade, uma vez que gera um processo de desinformação em massa, distorção de informações com o objetivo de difamar, destruir reputação, romper com a credibilidade e gerar desconfiança. As fake news tiveram um papel fundamental na quebra de confiança nas instituições, no processo político e na democracia. Além do campo político, a avalanche de notícias falsas sobre saúde, meio ambiente, entre outros, deturpa a realidade e gera pânico social, radicalizando diferenças e minando o convívio social.
O tema é motivo de preocupação de organismos internacionais como a ONU e a Unicef. Preocupadas com as consequências das fake news, as instituições disponibilizam materiais para contribuir com o combate à desinformação. O Manual para Educação e Treinamento em Jornalismo, lançado pela ONU em 2024, traz boas práticas para educadores e instrutores de jornalismo. A Unicef também disponibiliza um guia prático para enfrentar a desinformação, o Muito Mais que Fake News. Ambos os materiais podem servir de apoio às organizações sociais na abordagem do tema com seus públicos, um vez que toda a população é prejudicada pelo processo de manipulação que usa as notícias falsas como método e ferramenta.
O papel do jornalismo na apuração e combate à fake news
No dia 7 de abril é comemorado o dia do jornalista, profissional responsável por garantir o direito fundamental do cidadão à informação, de acordo com o Código de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas. Há inúmeros exemplos da atuação de jornalistas na apuração e divulgação de fatos no combate às fake news. Entre eles, destaca-se o trabalho da FALA no monitoramento e investigação de quem produz e divulga desinformação socioambiental com interesses políticos e econômicos. O MENTIRA TEM PREÇO, plataforma digital Produzido pela FALA e pelo InfoAmazonia foi ganhador de um dos mais importantes prêmios de impacto social no mundo, o Anthem Awards. Ouça aqui o Podcast sobre lições da mitologia indígena contra as fake news feito em parceria com os comunicadores indígenas da Rede Wayuri, direto do Rio Negro, no Amazonas.
No livro Máquina do Ódio: notas de uma repórter sobre fake news e violência digital (2020), de autoria da jornalista Patrícia Campos Mello, a jornalista apresenta como as mídias sociais são transformadas em ferramenta de disseminação de ódio. Pelo trabalho em defesa da democracia e de direitos humanos, Patrícia recebeu o Prêmio Vladimir Herzog.
A Politize, organização da sociedade civil, tem como missão formar uma geração de cidadãos conscientes e comprometidos com a democracia e trabalha para que cada vez mais pessoas se interessem pela política, aumentando a participação cidadã. É também uma plataforma que apresenta conteúdos de forma gratuida, didática e apartidária, como a matéria sobre Redes Sociais e Fake News.
Todas as iniciativas apresentadas podem ser fonte de consulta, apoio e inspiração para que as organizações sociais fortaleçam seu papel de contribuir para uma sociedade mais justa por meio da participação cidadã.
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