Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio. Em 2024, o lema divulgado pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Nacional de Medicina é “Se precisar, peça ajuda!”

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com a subnotificação. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

A Associação Brasileira de Psiquiatria divulgou uma cartilha com orientações para pais e responsáveis falarem sobre saúde mental com suas
crianças e adolescentes. O objetivo da cartilha é ajudar pais e responsáveis com dicas para ajudar crianças e adolescentes a desenvolverem inteligência
emocional, expressarem suas emoções, terem suporte para enfrentarem desafios e bucar apoio quando necessário.

De acordo com a cartilha, algumas dicas para abordar o tema são:

  • Use uma linguagem simples e clara: Adapte sua linguagem à idade. Evite termos técnicos e explique conceitos de forma que a criança
    possa entender.
  • Seja aberto e acessível: Crie um ambiente onde a criança se sinta segura para falar sobre seus sentimentos sem medo de julgamento.
  • Use exemplos concretos: Utilize histórias, livros, filmes, desenhos para ilustrar pontos sobre saúde mental. Isso ajuda muito a tornar o
    assunto mais compreensível para a idade de seu filho.
  • Normalize os sentimentos: Explique que é normal sentir emoções como tristeza, raiva e alegria. Mostre que todos passam por momentos difíceis.
  • Ensine estratégias de enfrentamento: Dê à criança ou ao adolescente ferramentas práticas para lidar com suas emoções, como respiração
    profunda, contagem até dez ou falar com um adulto de confiança. Em caso de dúvida sobre como fazer, procure um profissional de saúde.
  • Incentive a expressão emocional: Encoraje a criança ou o adolescente a falar sobre como se sente ou a expressar seus sentimentos através de desenhos, brincadeiras ou escrita.
  • Seja um exemplo: Demonstre como você lida com suas próprias emoções de forma saudável. As crianças e os adolescentes aprendem muito observando os adultos. Fale sobre suas emoções, demonstre para seu filho, que estas emoções podem acontecer com todos.
  • Esteja atento aos sinais: Preste atenção ao comportamento da criança. Mudanças repentinas podem indicar que ela está enfrentando dificuldades emocionais e precisa de apoio profissional.
  • Promova a autoestima: Reforce as qualidades e conquistas da criança, ajudando-a a desenvolver uma autoimagem positiva.
  • Sempre destaque positivamente cada conquista que seu filho teve, especialmente aquelas que para ele eram muito difíceis. Isto ajudará a criança a ser mais confiante e assertiva.
  • Busque ajuda profissional se necessário: Se a criança estiver enfrentando problemas persistentes ou graves, considere consultar um psiquiatra com Registro de Qualificação de Especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência.
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