O Prêmio Mestre das Periferias é uma homenagem da UNIperiferias | Instituto Maria e João Aleixo às pessoas que são Mestras a partir de outros territórios, olhares e paradigmas. São pessoas Mestras pelos saberes orgânicos e resolutivos do cotidiano do ensino, aprendizagem, troca, solidariedade e coletividade – práticas tão fortemente presentes e difundidas nas favelas, aldeias indígenas e quilombos. 

Em sua segunda edição, a entrega do Prêmio aconteceu em 24 de janeiro, no Museu do Amanhã para Dani Balbi, Daniel Mundukuru, Frei Davi e Sueli Carneiro. Cleber Ribeiro, um dos diretores da UNIPeriferias, ressaltou que Mestres são aqueles que inspiram e orientam para o coletivo, apontam caminhos na defesa dos direitos das populações e ajudam a construir o sentido de dignidade humana a partir das periferias. Os Mestres contribuem para  ampliar a capacidade de pensar e agir em defesa da justiça social e do estado democrático de direito, compartilhando potentes caminhos de transformação da sociedade.

Premiados em 2024

Para celebrar a potência e da cultura das periferias, foram homenageandas pessoas que se destacam em suas trajetórias e contribuem para a expansãode narrativas periféricas. São elas:

Dani Balbi, professora, roteirista, diretora de cinema e a primeira parlamentar transexual da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, Dani é uma voz incansável em defesa da educação pública, dos direitos LGBT, da luta antirracista e da valorização das periferias.

Daniel Mundukutu, escritor, professor, ator, palestrante e ativisa indígena brasileiro originário do Povo Mundukuru. Autor de 65 livros e CEO do Instituto Uka, Daniel é um defensor ativo dos direitos dos povos indígenas desde os anos 90 e trabalha para promover a literatura indígena infanto-juvenil e a conscientização sobre a importância das culturas indígenas no país.

Frei Davi, filósofo, teólogo, ativista antirracista e defensor do sistema de cotas, fundador do Educafro, coordena há 30 anos um movimento para ampliar o acesso de pessoas negras e de baixa renda ao ensino superior. A instituição já garantiu o acesso a mais de 60 mil estudantes negros no ensino superiro e mais de 2 mil cursos preparatórios comunitários foram estabelecidos em todo o país.

Sueli Carneiro é filosofa, escritora e ativista antirracista do movimento negro brasileiro. Fundadora e atual diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Sueli foi a primeira mulher negra a receber o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Brasília, além de ser uma das principais referências do feminismo negro no Brasil.

A primeira edição do prêmio (2018)

Na primeira edição do Prêmio, entre em 2018, foram celebrados Ailton Krenak, Conceição Evaristo, Antônio Nêgo Bispo e Marielle Franco (in memoriam). A homenagem também virou um livro que apresenta entrevistas com os homenageados, um texto em memória de Marielle Franco e a transcrição de uma aula proferida por Nêgo Bispo no Curso Significações das Periferias (2019). O livro da edição de 2024 em breve estará disponível para vendas.

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